quarta-feira, 28 de novembro de 2012




As duas coisas. É isso que exigem as vagas quando procuram por profissionais responsáveis pelas mídias sociais de uma empresa ou agência. Uma característica não elimina a outra. Não há como ter vocação sem saber explorá-las ao máximo, e não há como usá-las como oportunidade se não tiver vocação.

A questão não é discutir a formação desse profissional, que geralmente provém dos cursos de comunicação social: jornalismo, publicidade, relações públicas, marketing e afins. O grande tabu para os recrutadores é saber até que ponto o profissional está apto a exercer aquela função sendo apenas um usuário ativo das redes sociais, o que é muito comum entre os jovens e os novos profissionais do mercado.

Profissionais recém formados ou estagiários ativos nas mídias sociais têm sido uma estratégia eficaz (e de mão de obra barata) para atualização de contas das empresas que deveriam, inclusive, oferecer cursos aos interessados na área para que possam se profissionalizar e se tornarem seniores no assunto. Não é necessário um “dom” ou aptidão garantida no DNA desse profissional, entretanto, o profissional de mídias sociais é alguém com vocação para marketing e relacionamento. Não é vender sem saber se relacionar, nem se relacionar sem saber engajar.

As empresas precisam entender que são novas ferramentas, mas que o profissional precisa ser tão – se não mais – bem qualificado como um gerente de marketing. As marcas estão mais expostas, a reputação da empresa está mais “vendida” e o cuidado com a imagem cresceu sem limites. Mesmo que você não faça propaganda, os usuários estão fazendo por você ou estão queimando o seu filme nos canais.

Você faz o que você gosta?

Usar o Facebook para falar com os amigos, ser ativista em grupos sociais e líder de opinião não faz de você um social media. Se você trabalha com isso porque é bom em relacionamento apenas, está na hora de rever os seus conceitos.

O profissional de mídias sociais tem funções muito além do entretenimento nas redes sociais. Ele é quem lida com o lado “problemático” da coisa e, muitas vezes, é o responsável pelo gerenciamento de crises, monitoramento de comentários, engajamento de usuários, mapeamento de atores, mensurador de resultados, planejador de campanhas etc. Essas tarefas exigem experiência e um jogo de cintura que até mesmo um psicólogo social poderia resolver.

Reveja seus conceitos, veja se está pronto para os desafios e se você é bom em relacionamento e gerenciamento de crises. Não prometa ao seu chefe “bombar” no Facebook sem saber o que fazer se a estratégia der errado. Se tem vocação, profissionalize-se. Se ainda vê simplesmente como entretenimento, veja se está fazendo realmente o que você gosta.

Com informações de Cínthia DeMaria, colunista de blogmidia8

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