Edward Munch, Andy Warhol, Grant Wood, Johannes Vermeer, Edward Hopper, entre outros, viram as suas telas transformadas em peças de Lego pelo italiano Marco Pece. O brinquedo que atravessou gerações faz agora parte de construções que foram fotografadas e apresentadas em várias exposições em Itália.
O Lego chegou às Belas Artes pelas mãos de Marco Pece. O artista italiano de Turim reconstruiu cenas de telas famosas usando e adaptando peças de Lego. Apelando à nostalgia de várias gerações, o famoso brinquedo é usado pelo artista de 58 anos como forma de expressão para espelhar a obra de artistas que fizeram história ao longo dos séculos.
Pece usa uma composição própria das cenas, tendo em conta as personagens, os cenários e as cores no seu conjunto. Quando o seu trabalho de montagem está concluído, é altura de fotografar na posição correcta, usando a iluminação adequada. É que é a fotografia o resultado final que se mantém para a posteridade e que é apresentada em diversas exposições. Em Itália, as suas mostras individuais já passaram por Bergamo ("Monna LEGO"), La Spezia ("L'Ego - Construzioni") e Torino ("L'uomo e L'Ego").
Além das peças de Lego, Pece usa outros materiais como tecido, tintas e cordas. As telas que recria são escolhidas a dedo e pertencem a pintores famosos. O resultado final são as imagens que podemos ver.
De Edward Hopper, Pece escolheu "Nighthawks", uma obra emblemática do artista norte-americano, conhecido por retratar a vida americana moderna da primeira parte do século XX. Aqui, "Nighthawks" representa não só alguém que fica acordado até tarde, mas também a sua solidão e individualismo. Terminada em 1942, esta tela foi imediatamente vendida ao Art Institut of Chicago, onde ainda se encontra hoje.
"O Casal Arnolfini" do flamengo Jan van Eyck tranformou-se também numa obra em peças de Lego. Terminada em 1434, a tela representa o comerciante Giovanni Arnolfini e a sua esposa na sua residência de Bruges (Bélgica). Entre as várias teorias que existem acerca deste quadro, bastante inovador para a época, a predominante é a que afirma que se trata de uma cena do matrimónio secreto do casal. Segundo consta, o pintor flamengo foi um dos convidados secretos do evento e daí a inscrição em latim Johannes de Eyck fuit hic (Jan van Eyck esteve aqui) por cima do espelho que há entre o casal.
O pintor italiano Francesco Hayez e o seu "Beijo" (1859), hoje na Pinacoteca di Brera, em Milão, também foram escolhidos por Pece. Pintado no século XIX, esta foi uma das primeiras vezes em que o beijo aparece representado com tanto destaque nas Belas Artes do mundo ocidental.
Outras obras de artistas famosos foram também recriadas por Pece: Andy Warhol, Edward Munch, Grant Wood, Johannes Vermeer, Raffaello e Leonardo da Vinci são alguns deles. Veja o site do artista.
Fotografia: Marco Pece
Fonte: Obvious Magazine
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